Korczak e o caminho para a humanidade

Um texto de José Douglas Alves dos Santos

“E nada ajuda mais a autoconhecer-se do que refletir sobre o destino dos seres humanos.”
(Celso Furtado, em Obra autobiográfica. Tomo I)

Em O Caçador de Histórias, primeiro livro de Eduardo Galeano publicado postumamente, o autor afirma ter descoberto por acaso “que no idioma turco caminhar e coração têm a mesma raiz (yürümek, yürek)”. Caminhar é, podemos então dizer, aproximar-se do coração, daquilo que sentimos de modo mais profundo em nós. Ao caminhar nos aproximamos das verdades que se concentram e se constituem em nosso interior. Cada passo dado é como uma pegada no tempo que revela quem fomos e somos. Hoje, relendo essa casual descoberta do escritor uruguaio, fiquei refletindo com certo pesar que poucas vezes a raiz dessas duas palavras (e sua intrínseca relação) esteve tão presente na história de nossa humanidade como em um evento ocorrido em agosto de 1942.

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